Cidade Administrativa de MG - Problemas na obra
O deputado Rogério Correia fez uma postagem sobre a Cidade Administrativa de Minas Gerais (CAMG) e os problemas na sua obra. É ótimo que o deputado tenha trazido este assunto à tona. A Cidade Administrativa foi inaugurada às pressas, para atender as pretensões políticas do governador e nós, que trabalhamos lá, é que pagamos o preço do improviso. Além dos problemas apontados no seu texto, veja mais alguns que eu tenho presenciado:
- Rachaduras no piso térreo dos prédios;
- Barrancos gramados que estão desmoronando;
- Obras interminadas cheias de entulho e água empoçada;
- O heliporto do Palácio está sendo todo refeito e está interditado há várias semanas;
- Vários banheiros apresentam entupimentos e o cheiro no final do dia fica insuportável;
- Metade dos elevadores ainda não funciona;
- A rua entre o estacionamento e os prédios teve que ser cavada para instalação de uma tubulação de esgoto que foi "esquecida" no projeto;
- O remendo que foi feito na rua para tapar este buraco está afundando e os carros precisam passar devagar;
- O passeio neste local também foi quebrado para passar a tubulação e metade do remendo que foi feito já afundou;
- Foi aberto um buraco enorme na frente do palácio, não sei com qual finalidade;
- Os tratores que foram abrir este buraco destruíram boa parte do gramado na região;
- Tendas de lona foram improvisadas nos pontos de ônibus e táxi, pois, não havia abrigos suficientes;
- O local de estacionamento dos carros ainda não foi concluído, faltam faixas, está sujo, faltam árvores e certo trecho ainda é de terra;
- Além disso, somente agora estão sendo feitos os acessos ao estacionamento, com a colocação de cancelas, para tal, todo o canteiro do estacionamento está sendo escavado para passagem de cabos elétricos;
- Na verdade, sempre estão cavando um buraco em algum lugar para passar uma tubulação que não havia sido prevista;
- Falta a sinalização interna nos prédios, quem não conhece fica completamente perdido;
- Os fornos de microondas e máquinas de café foram reduzidos nas copas, pois, não havia equipamentos suficientes para atender todos os andares;
- Até hoje não existe um posto bancário;
- A limpeza das áreas externas raramente é feita, as ruas e passeios estão cheio de lixo, entulho e terra;
- Um conjunto de luminárias pesadíssimo caiu de um poste de mais de 20 metros de altura. O local até hoje está sem iluminação;
- Os novos restaurantes foram construídos em galpões de madeira que antes eram usados como escritório da obra;
- Vários vidros da fachada dos prédios soltaram. Basta prestar atenção aos prédios, que é possível ver vidros presos com presilhas de metal;
- Não foi prevista instalação de gás e exaustão para os restaurantes do centro de convivência, obrigando a fazer várias improvisações;
- A garagem do subsolo dos prédios sempre inunda quando chove;
- O gramado sempre encharca quando chove, fazendo um verdadeiro lamaçal;
- Vários passeios ficaram desnivelados e formam poças enormes quando chove;
Porém, o que eu acho pior, é a situação do estacionamento: o estacionamento existente é plenamente suficiente para a quantidade de carros que estão parando atualmente na Cidade Administrativa. Além disso, existem diversas ruas dentro da Cidade onde é possível estacionar sem atrapalhar o trânsito ou os pontos de ônibus e táxi.
Contudo, a área de estacionamento foi cedida para exploração de uma empresa privada. Para forçar as pessoas usarem o estacionamento privado, o estacionamento está sendo proibido progressivamente nas ruas da Cidade, sem a menor necessidade.
Além disso, não serão disponibilizadas vagas no estacionamento para todos os funcionários. Assim, os que não forem contemplados, se quiserem ir de carro, terão que pagar estacionamento cuja diária é R$20,00.
Ou seja, o governo obriga o servidor a trabalhar longe, não oferece transporte adequado (só existe o metrô que para longe e ônibus de linhas urbanas tradicionais) e ainda obriga quem quiser ir de carro pagar estacionamento, pois, não permite que se estacione nem nas ruas. Isso tudo para favorecer uma empresa privada que está explorando o estacionamento em um espaço público sem investir um único centavo.