quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Filosofia por Homer Simpson

Uma seleção das frases ditas pelo Homer Simpson. É uma verdadeira coletânea de filosofia:


"Existem três jeitos de fazer as coisas: o jeito certo, o jeito errado, e o meu jeito, que é igual ao jeito errado, só que mais rápido."

"Nunca diga qualquer coisa a não ser que tenha certeza que todo mundo pensa o mesmo."

"Chorar não vai trazer de volta seu cão, a não ser que suas lágrimas tenham cheiro de ração."

"Existe três frases curtas que levarão sua vida adiante: 'Não diga que fui eu!', 'Oh, boa ideia, chefe!' e 'Já estava assim quando cheguei'." (Obs.: conselhos dados ao Bart quando o Homer pensou que iria morrer)

"A TV me respeita. Ela ri comigo e não de mim."

"Preguiça é o ato de descansar, antes de estar cansado!"

"Eu não sou normalmente alguém que ora, mas se você estiver aí em cima, por favor me salve Superman."

"Não bebam água, os peixes transam nela."

"Eu não acredito em duendes, eles mentem muito!"

"Um brinde a cerveja: a solução e a causa de todo os nossos problemas."

"Não importa o quão bom você é em alguma coisa, existem mais ou menos 1 milhão de pessoas melhores q você fazendo a mesma coisa."

"O sonho acabou... mais ainda tem pão doce!"

"A fé remove montanhas... dinamite então nem se fala!"

"Eu não deveria dirigir! Espera ai, eu não deveria me ouvir, estou bêbado".

"Muito bem cérebro, eu não gosto de você e você também não gosta de mim! Vamos fazer logo esse teste que eu voltarei a te encher de cerveja!"

“Fé é o que você tem em coisas que não é real, e sua habilidade é real”.

"Mulher é que nem cerveja quando termina agente já pede outra"

"Bem, ele pode ter todo o dinheiro do mundo, mas tem uma coisa que ele não pode comprar… Um dinossauro!"

"Por favor, não me coma! Eu tenho mulher e filhos. Coma eles!"

"Não vamos entrar em pânico: vou conseguir dinheiro vendendo um de meus fígados. Posso viver com um só."

"A vingança é um prato que se come três vezes ao dia."

"Por que eu tive que nascer pai?"

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Teste rápido de inteligência

Para ver se você está "esperto", responda as perguntas abaixo:


1 - Quando João estava passeando com seu cachorro, encontrou o filho do marido da filha única da sua sogra. Qual é o parentesco dele com João?

2 - Se hoje é segunda-feira, qual é o dia depois do dia antes do dia antes de amanhã?

3 - Uma pata nascida no Chile bota um ovo na divisa Brasil-Chile. Segundo o Itamaraty, a quem pertence o ovo?

4 - Um avião lotado de passageiros parte do Rio de Janeiro em direção a Buenos Aires. Por uma fatalidade cai na fronteira Brasil-Argentina. Onde serão enterrados os sobreviventes?

5 - Você acha uma caixa de fósforos e você está em um quarto escuro e frio. No quarto tem um lampião à gasolina e um punhado de lenha. O que você acenderia primeiro?

6 - Um homem construiu uma casa em retângulo, apontando para o sul, e então apareceu um urso polar. Qual é a cor do urso?

7 - Você deixa São Paulo dirigindo um ônibus com 18 passageiros, com destino ao Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro você deixa 18 passageiros e pega 12. No dia seguinte as 12:00 você chega a Vitória-ES. Qual é o nome do motorista?

8 - A mãe de Alice teve 4 filhas, Xaxá, Xexé e Xixi. Qual o nome da 4ª filha?

9 - Em certo lugar do mundo existem 3 ilhas com 3 palmeiras, e cada palmeira deu apenas 1 coco. Quantos cocos existem em toda ilha?

10 - Um avião cargueiro lotado cai sobre o oceano atlântico. Quantas pessoas estavam no avião na hora da queda?

11 - Em que dia Cristovão Colombo descobriu o Brasil?





Já respondeu?

Pronto para conferir as respostas?

1 - Quando João estava passeando com seu cachorro, encontrou o filho do marido da filha única da sua sogra. Qual é o parentesco dele com João? 

Filho.

2 - Se hoje é segunda-feira, qual é o dia depois do dia antes do dia antes de amanhã?

Segunda-feira.

3 - Uma pata nascida no Chile bota um ovo na divisa Brasil-Chile. Segundo o Itamaraty, a quem pertence o ovo?

A ninguém. O Brasil não faz fronteira com o Chile.

4 - Um avião lotado de passageiros parte do Rio de Janeiro em direção a Buenos Aires. Por uma fatalidade cai na fronteira Brasil-Argentina. Onde serão enterrados os sobreviventes?

Em nenhum lugar. Normalmente não se enterram sobreviventes, a menos que você seja algum tipo de psicopata.

5 - Você acha uma caixa de fósforos e você está em um quarto escuro e frio. No quarto tem um lampião à gasolina e um punhado de lenha. O que você acenderia primeiro?

O fósforo, é claro!

6 - Um homem construiu uma casa em retângulo, apontando para o sul, e então apareceu um urso polar. Qual é a cor do urso?

Branco. Você já viu urso polar de outra cor?

7 - Você deixa São Paulo dirigindo um ônibus com 18 passageiros, com destino ao Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro você deixa 18 passageiros e pega 12. No dia seguinte as 12:00 você chega a Vitória-ES. Qual é o nome do motorista?

É o seu próprio nome, porque quem está dirigindo é você!

8 - A mãe de Alice teve 4 filhas, Xaxá, Xexé e Xixi. Qual o nome da 4ª filha?

Alice, como foi dito no começo da pergunta, lembra? A mãe de Alice...

9 - Em certo lugar do mundo existem 3 ilhas com 3 palmeiras, e cada palmeira deu apenas 1 coco. Quantos cocos existem em toda ilha?

Nenhuma! Palmeira não dá coco.

10 - Um avião cargueiro lotado cai sobre o oceano atlântico. Quantas pessoas estavam no avião na hora da queda? 

Duas. O piloto e o co-piloto. O avião era um cargueiro, portanto não tinha passageiros ou comissários.

11 - Em que dia Cristovão Colombo descobriu o Brasil?

Em nenhum dia. Quem descobriu o Brasil foi Pedro Álvares Cabral.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Senador Pedro Taques

Algumas vezes nos deparamos com um político que nos faz acreditar que ainda existe alguma esperança.

Há alguns dias eu assisti na televisão uma entrevista com o Senador Pedro Taques do Mato Grosso e gostei muito do que vi. Ele me pareceu sério, honesto, com posições alinhadas com os anseios da maioria da população no que diz respeito ao combate à corrupção e à ética no setor público e possui ainda um bom currículo anterior (ele era procurador da República e esteve envolvido na investigação de vários casos conhecidos envolvendo políticos).

Depois disso, eu pesquisei um pouco mais sobre ele na internet e todas as informações que eu obtive foram muito positivas. Eu não tenho nenhuma referência sobre seu alinhamento político, não sei se ele é da situação ou da oposição e isso pouco me interessa. Eu estou mais preocupado é em descobrir se ainda podemos considerar um político digno.

Assim eu vou passar a ficar mais atento a este político, além desejar boa sorte a ele, esperando que não acabe se afundando no mar de lama que inunda o congresso.

Senador: boa sorte, vá em frente com as suas convicções e desejo sinceramente que não nos decepcione como tantos outros que tinham uma boa "casca" mas pouco conteúdo, já fizeram no passado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Comunismo não funciona na prática (Parte IV)

Continuando o assunto do post anterior, outra questão que precisa ser levada em conta como motivo dos regimes comunistas não funcionarem na prática é a evolução histórica da sociedade.

O comunismo se tornou forte com a revolução industrial no final do século XIX, onde os trabalhadores eram fortemente explorados pelos donos do capital. O problema, é que mais de um século se passou, a sociedade evoluiu, houve uma explosão tecnológica, os trabalhadores passaram a ter um padrão de vida mais digno e as teorias comunistas permaneceram as mesmas, sempre fazendo uma divisão simplista entre exploradores e explorados.

É muito complicado ter que obrigatoriamente dividir a sociedade atual em apenas duas classes: capitalistas e trabalhadores. Hoje nós temos hoje uma realidade muito mais complexa onde os papeis por vezes se entrelaçam e não podem ser resumidos ao “senhor e escravo” de centenas de anos atrás.

Até hoje o único argumento dos comunistas é a "exploração das classes trabalhadoras" e a única solução é a "expropriação dos meios de produção".

Este raciocínio está completamente obsoleto. Ele fazia sentido no início da era industrial, onde se usava o trabalhador como uma ferramenta qualquer e não se reconheciam os direitos mais básicos do cidadão. Se observarmos nos dias de hoje os países capitalistas desenvolvidos, podemos constatar claramente que os trabalhadores "explorados" pelos capitalistas têm um padrão de vida muito superior ao que tiveram os trabalhadores que estavam "no poder" dos países socialistas no seu auge.

Nós estamos na era da sociedade da informação, o conhecimento vale muito mais que a força bruta do trabalhador. A separação entre capital e trabalho é muito mais fluida. Os trabalhadores também investem e os capitalistas também produzem. Muitas vezes um técnico especializado ou um administrador competente, recebem muito mais que um empresário bem sucedido. Eu particularmente prefiro não ser dono de nenhum meio de produção e ter um padrão de vida confortável, a ser "sócio" de todos os meios de produção do país, mas ter que esperar horas na fila para comprar apenas alimentação básica racionada.

Ressaltando que aqui eu estou falando de capitalismo de verdade e não dos arremedos mal acabados que temos na América Latina e na África com uma população enorme de indigentes. Estou falando de países como Japão, Alemanha, Estados Unidos e correlatos. Sendo que, mesmo alguns países que eram símbolo de exploração do trabalho há bem pouco tempo, como a Coreia do Sul e a Malásia, caminham a passos largos para entrar em um estágio superior, se já não entraram.

Podemos pensar em creditar a miséria na África e América Latina à exploração dessas regiões pelos países desenvolvidos e o desenvolvimento destes como consequência dessa exploração. Porém, explicar as mazelas dos países pobres apenas como resultado do imperialismo dos países desenvolvidos, é um raciocínio muito simplista. Grande parte das nossas mazelas são responsabilidades nossas mesmo. Basta verificar que existem exemplos de países na América do Sul que conseguiram avanços muito positivos em desenvolvimento humano, político e econômico, apesar do capitalismo, do imperialismo, etc. Vejam os casos do Chile e do Uruguai.

É claro que ainda existe muita gente vendendo apenas a sua força bruta em troca de dinheiro, mas, nas sociedades mais avançadas, a tendência é isso diminuir. Cada vez mais os processos produtivos, sejam para fabricar cadeiras, para plantar alimentos ou para limpar o chão, estão sendo automatizados e dependendo menos de mão de obra intensiva.

O processo é lento e muitos ficam de fora das boas oportunidades, mas, mesmo os trabalhadores braçais podem encontrar uma boa qualidade de vida, basta ver a quantidade de pessoas que preferiu fazer trabalho braçal nos Estados Unidos ou na Alemanha Ocidental a viver sob as benesses do socialismo cubano ou alemão oriental.

Não digo que o capitalismo é o sistema mais justo, mas, até hoje foi o que se mostrou viável na prática.

Toda a argumentação contra o capitalismo é baseada na mais valia. Eu concordo que sem mais valia não há capitalismo. Contudo, em minha opinião, a mais valia não é necessariamente uma coisa ruim. Quando uma pessoa pega o seu capital e aplica em um negócio, ela está assumindo o risco daquilo dar certo ou errado e o lucro é a remuneração que o capitalista recebe pelo risco que ele está assumindo. O trabalhador, independente de ganhar muito ou pouco, não está assumindo risco nenhum, se a empresa for à falência ele simplesmente vai trabalhar em outra empresa. Eu como trabalhador invisto parte do meu salário em ações de empresas, assim espero que elas deem lucro e remunerem o risco do capital que eu investi. Ou seja, em um capitalismo para valer, ocorre um círculo virtuoso que vai agregando riqueza ao sistema como um todo. É claro que nesse processo ocorrem injustiças, mas, o sistema como um todo tem a sua lógica.

Alguns comunistas alegam que, na verdade, os fracassos iniciais na implantação do regime eram esperados e que nós estamos apenas no início do processo de amadurecimento do comunismo. Rosa Luxemburgo em 1902 (antes de qualquer experiência socialista prática), já dizia que não era de se esperar que as primeiras tentativas de implantação do socialismo fossem bem-sucedidas. Ela argumentava que os processos históricos são longos e têm os seus recuos momentâneos. Sendo que o próprio capitalismo levou em torno de 300 anos para derrubar completamente o feudalismo.

O problema dessa argumentação, é que no momento não existe nenhum líder ou pensador sério e respeitado internacionalmente pensando em revolução comunista. Todos os representantes do comunismo atual são de segunda ou terceira linha, irrelevantes intelectualmente (vide Hugo Chavez e Evo Morales) e simplesmente continuam repetindo os discursos centenários de Marx, Lênin, Stalin, etc.

A sociedade evoluiu, a tecnologia mudou o mundo, as relações trabalhistas amadureceram, o padrão de vida dos trabalhadores melhorou, mas os comunistas continuam se baseando nos mesmos argumentos de uma época onde a máquina mais revolucionária era movida a vapor e os trabalhadores só podiam vender a sua força muscular.

Ou seja, para os capitalistas, o comunismo é passado, mas, para os comunistas ortodoxos que restaram, o comunismo ainda é, na verdade, o regime do futuro. Quem tem razão?

Posteriormente, eu analisarei outras razões que levaram o comunismo a não funcionar na prática.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vista da praia de Botafogo

Esta é uma foto da vista da praia de Botafogo a partir do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro.


O Rio de Janeiro que é farto em vistas maravilhosas, tem nessa região um dos seus lugares mais aprazíveis. O conjunto Parque do Flamengo, Marina da Glória, Baía de Guanabara e redondezas é imbatível mesmo em comparação com as cidades mais badaladas do mundo.

Quem não conhece, precisa conhecer.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Reforma política é para a população

A sociedade brasileira já está se mobilizando para exigir do congresso nacional uma reforma política que atenda os interesses da população e não dos políticos. Veja a notícia que saiu no Correio Brasiliense:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/2011/05/16/internas_polbraeco,252365/proposta-quer-limitar-a-dois-mandatos-tempo-de-parlamentares-no-congresso.shtml

Até o momento o congresso só falou em reforma política para atender os próprios interesses e assim querem nos impor coisas como: voto em lista, financiamento público de campanha e outras coisas que só beneficiam os políticos já estabelecidos.

Nós precisamos exigir que a reforma política contemple:

  • Voto distrital;
  • Eleição direta dos parlamentares mais votados (sem regras de proporcionalidade);
  • Fidelidade partidária;
  • Fim dos partidos nanicos de aluguel;
  • Fim do suplente de senador;
  • Fim do foro privilegiado para crimes comuns;
  • Diminuição da estrutura dos gabinetes dos parlamentares.

Ou seja, coisas que são do interesse da população brasileira em geral e não apenas daqueles que orbitam o poder.

Eu já falei sobre este assunto em outro post:

http://pausa-para-pensar.blogspot.com/2010/05/o-sistema-eleitoral-parlamentar-esta.html

Precisamos nos mobilizar e pressionar o congresso.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Resenha do livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Autor: LEANDRO NARLOCH
Editora: Leya
ISBN: 9788562936067

Neste livro, o autor procura desconstruir alguns chavões recorrentes quando se trata da história do Brasil. Ele passa pela questão do relacionamento entre índios e negros com os brancos, pela Guerra do Paraguai, pela negociação do Brasil com a Bolívia sobre o Acre, pela biografia do escultor Aleijadinho, pela invenção do avião e outros fatos, que segundo o autor, têm um entendimento geral diferente dos fatos realmente ocorridos.

Ou seja, o autor faz o papel de advogado do diabo da História brasileira, procurando mostrar com um tom bem humorado, um lado diferente daquele que sempre nos foi mostrado seja pelos livros didáticos ou pelo senso comum das pessoas.

O que me preocupa neste livro, é que o autor ao inverter o sentido dos fatos históricos, esteja fazendo a mesma coisa que os livros oficiais fazem, porém com um ponto de vista diferente, ou seja, vender uma "verdade" absoluta sobre fatos históricos. A questão é que os fatos históricos sempre são muito mais complexos do que se pode registrar em um livro. Qualquer registro sempre vai envolver um ponto de vista mais restrito que a realidade, que pode não ser totalmente verdadeiro, mas, pode também não ser totalmente falso.

O próprio autor chega a citar isso no livro e questionar se ele apenas não estaria fazendo o papel inverso dos livros oficiais. Ele argumenta que este tipo de questionamento não tem muita importância, pois ele apenas está procurando revisar aquilo que de maneira geral se considera como verdade absoluta e fazer com que as pessoas tenham uma postura mais crítica ao ler um relato histórico.

De qualquer forma, o autor se vale bastante de referências bibliográficas e dá para perceber que ele não procura fazer afirmações levianas sem embasamento documental. Assim, é possível acreditar que boa parte do que está no livro tem um bom fundamento histórico e se não é absolutamente verdadeiro também não é completamente estapafúrdio.

Assim, eu recomendo a leitura do livro, pois é uma oportunidade interessantíssima de conhecermos outros pontos de vista sobre a história brasileira. Eu pessoalmente sempre acreditei naquela história de que os voos dos irmãos Wright não haviam sido documentados e nem tiveram testemunhas, que é o contrário do que diz o livro. Porém, como sugere o próprio autor, é recomendável sempre procurar manter o espírito crítico diante de cada afirmação.

O livro começa com o autor mostrando a relação entre índios e portugueses durante o início da colonização do Brasil. Ele mostra que essa relação foi muito mais complexa e com vantagens e desvantagens para cada lado, do que é mostrado nos livros de história, onde os índios são os mocinhos e os portugueses os bandidos. O autor relata que muitos índios destruíam as matas mais que os portugueses e que eles gostavam muito de se aproximar dos portugueses e viver nas vilas construídas pelos mesmos. Assim como os portugueses se aproveitaram bem das festas e de liberalidade sexual dos índios.

Depois, o livro entra no assunto dos negros e da escravidão. Relata que boa parte do comércio de escravos foi realizado em parceria com negros africanos que escravizavam as tribos rivais e que muitos negros alforriados no Brasil se tornaram donos de escravos. Além disso, ele questiona o papel de Zumbi como um herói que salvava os negros da escravidão e o retrata como um chefe autoritário de uma comunidade rebelde.

Em seguida o autor questiona os relatos que consideram o samba como música de raiz brasileira e mostra que o samba foi formado a partir de uma série de gêneros musicais diferentes sem uma identidade muito clara e que apenas durante o governo de Getúlio Vargas, que tinha um forte viés fascista, se procurou valorizar a identidade nacional e o samba, em conjunto com as escolas de samba e os desfiles de carnaval, que ajudaram a moldar esta identidade como parte da propaganda do regime. Inclusive, ele traça um interessante paralelo entre a forma de organização e desfile das escolas de samba, com os desfiles militares que eram usados nos países fascistas europeus como forma de mostrar a força e a organização do regime.

No capítulo seguinte, o autor desmente as razões geralmente alegadas para o início da Guerra do Paraguai: que o Paraguai era um dos países sul-americanos mais prósperos, com uma indústria emergente e que isso preocupava a Inglaterra, que acabou patrocinando um massacre do Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. O autor alega que a guerra do Paraguai teve como única causa um ditador insano, que queria conquistar territórios à força e afrontou de uma só vez os seus principais vizinhos. Inclusive, o autor afirma que o Paraguai nunca foi próspero, não tinha indústria emergente e que a Inglaterra não teve nenhuma influência na guerra.

Depois, o autor alega que o escultor Aleijadinho é meramente uma figura literária. Não existe nenhum registro histórico sobre a doença do escultor, poucas obras podem ser realmente atribuídas a Antônio Francisco Lisboa e que o resto todo é lenda. Inclusive, mostra relato de vários críticos de arte que questionam a qualidade das esculturas do Aleijadinho.

Em seguida, o autor questiona afirmações de que o Brasil "surrupiou" o Acre da Bolívia e mostra que o Brasil fez de tudo para se livrar do Acre, mas, não conseguiu. Acabou pagando caro à Bolívia para ficar com o território e de lá para cá, levou apenas prejuízo com o Acre.

Uma das figuras que o autor mais desconstrói no livro é Santos Dumont. Ele retrata o aviador como vaidoso, capaz de mentir para aumentar os seus feitos, esconder defeitos e depreciar o trabalho dos concorrentes, além de afirmar que provavelmente ele tenha sido homossexual. Segundo o autor, quando Santos Dumont voou com o 14 Bis, que fazia apenas voos curtos e baixos, os irmãos Wright já faziam voos com autonomia de 50 km, em alturas razoáveis e fazendo manobras completas. Disse que esses fatos estão amplamente documentados e registrados pela imprensa norte-americana da época e que quem lançou o questionamento sobre a não documentação dos voos e da necessidade de uma catapulta para decolar os aviões dos Irmãos Wright, foi o próprio Santos Dumont em uma tentativa de diminuir o trabalho dos seus concorrentes e que, atualmente, nem na frança se atribui os primeiros voos a Santos Dumont, apenas no Brasil se insiste nisso.

Por último, o autor procurar diminuir a imagem de Luis Carlos Prestes e o mito de que ele era um líder. Ele relata que Prestes tomou decisões equivocadas ou não tomou decisões por pura incompetência. Foi um radical insensível, sendo responsável pelo assassinato de uma jovem em uma situação tão chocante como o caso de Olga Benário, porém, que acabou sendo esquecido pela história oficial.

Portanto, é possível ver que o livro tem assunto para muitas discussões acaloradas sobre mitos e verdades estabelecidas, mas, o bom deste livro é isso mesmo, abrir um espaço para que possamos tentar entender a nossa história por outro ponto de vista.

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