terça-feira, 23 de novembro de 2010

Resenha: Uma Breve História Do Tempo - Stephen Hawking

Uma Breve História Do Tempo
Do Big Bang Aos Buracos Negros
Autor: Hawking, Stephen
Editora: Rocco
ISBN: 8532502520
ISBN-13: 9788532502520

O físico Stephen Hawking é uma das mentes mais brilhantes da segunda metade do século XX. Ele discute os assuntos mais profundos e obscuros do universo com a mesma naturalidade de quem está em um boteco discutindo o último jogo de futebol. O problema, é que toda essa teoria que ele estuda sobre as origens, o destino e as leis do universo estão embasadas em uma matemática pesadíssima, que é completamente inacessível para a grande maioria das pessoas.

Com objetivo de divulgar os seus estudos e as teorias mais recentes da física para um público mais amplo, fora do círculo acadêmico do pós-doutorado, no final da década de 1980 Sir Hawking publicou o livro Uma Breve História do Tempo, que foi o seu primeiro livro voltado para o público leigo, onde usou como premissa não incluir nenhuma equação matemática, exceto a já popular E = mc2.

Eu já havia lido este livro há algum tempo, mas resolvi relê-lo para ver se conseguia apreender melhor os conceitos, mas realmente não é simples. No livro, ele fala sobre conceitos muito profundos e abstratos, tais como, buracos negros, viagens no tempo, espaço-tempo, cones de luz, tempo imaginário, teoria das cordas, física quântica, universo n-dimensional, big bang, big crunch, etc. Porém, sem toda a base teórica que existe por trás desses assuntos, você acaba tendo que aceitar as coisas sem entender muito bem os “por quês”. Mas, verdade seja dita, se você quiser entender bem todos estes conceitos, vá fazer doutorado em física. Não vai ser em um livro voltado para leigos que todos estes assuntos serão destrinchados com profundidade.

Portanto, se seu objetivo é ter uma visão geral sobre as principais teorias a respeito do mundo em que vivemos, o livro é excelente. Ele mostra teorias de diferentes físicos e tenta argumentar os prós e contras de cada uma delas. O autor usa uma linguagem relativamente acessível, dada a complexidade do assunto, e busca usar exemplos do cotidiano para ilustrar suas teorias. Em alguns momentos, ele questiona a possibilidade da participação de Deus na criação do universo, sem opinar conclusivamente sobre o assunto.

A sensação ao terminar de ler o livro, é que nós sabemos muito pouco sobre o universo. Por mais que a ciência tenha avançado, ainda existem muito mais perguntas que respostas.

O próximo livro de não-ficção que eu irei ler é O Universo Numa Casca de Noz, do mesmo autor, escrito alguns anos depois, onde ele discute outros conceitos. Vai ser uma excelente oportunidade de confirmar que eu sei cada vez menos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Tapador de Sol com Peneira oficial da república

Lula é o “Tapador de Sol com Peneira” oficial da república.

Basta aparecer uma crise no governo, que ao invés do Lula aparecer na imprensa dizendo que vai tomar as devidas providências, ele aparece para minimizar a situação e tentar fazer parecer que o problema não é tão grave quanto se apresenta.

Ele já fez isso diversas vezes ao longo do seu governo, mas, o exemplo mais recente é o caso dos problemas na prova do ENEM.

As provas aplicadas no último dia 6 de novembro estavam cheias de problemas: gabaritos trocados, questões faltando, etc. Isso demonstra uma monumental incompetência do Ministério da Educação e do INEP, pois inclusive, já é o segundo ano consecutivo que o ENEM apresenta problemas.

O Presidente de República, que deveria cobrar a quem de direito e demitir sumariamente os incompetentes que não conseguem aplicar uma simples prova de múltipla escolha, vem a público para dizer que o ENEM foi um sucesso. É ou não é querer tapar o sol com peneira?

O pior que eu não entendo, é que o governo federal tem experiências bem sucedidas na aplicação de exames de seleção. As universidades federais fazem vestibulares de boa qualidade há décadas, mas, devidos a pressões vindas do próprio governo, essas universidades estão abandonando os seus vestibulares e embarcando na canoa furada do ENEM. O MEC deveria pelo menos ter um pouco de humildade e usar o conhecimento das universidades para ver se da próxima vez consegue fazer um ENEM mais decente.

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